Clipe novo de Lady Gaga, Born this way, gera polêmica mais uma vez.
Fãs da cantora no Twitter questionam: "E agora, vão dizer que ela copiou quem?". Segundo o Jornal do Brasil, "a superprodução carrega referências planetárias de Star Wars, terras lúdicas de Tim Burton e cenas violentas praticamente tiradas de Sin City." Não é primeira vez que Gaga é acusada de plágio (segundo o mesmo site, a cantora já teria plagiado Expresse yourself, de Madonna).
Contudo, a maior polêmica não será causada pelas acusações de plágio. O clipe é bastante simbólico e, quando se fala de símbolos, as interpretações podem ser as mais variadas possíveis.
O clipe se inicia com um triângulo invertido. Segundo alguns estudos semióticos, tal triângulo representa o órgão sexual feminino. Isso faz muito sentido, já que o clipe mostra não apenas um, mas vários partos. Inclusive, nas estrelas, é possível verificar a imagem de um sistema reprodutor feminino, com útero, trompas e ovários.
É com essa nova raça que nasce da Mother Monster que se inicia uma nova raça humana, sem preconceitos, sem julgamentos, com uma imensa liberdade - a raça do futuro. Porém, ao mesmo tempo, há um outro nascimento: o nascimento do mal. Nesse momento, a Mother Monster se divide em duas, dando vida à nova raça e ao mal. "E então ela teve de fazer uma escolha. O pêndulo da escolha começou a balançar. Deve ser fácil para você imaginar que o pêndulo penderia imediatamente para o bem, mas ela pensou: 'como proteger algo tão perfeito sim o mal?' " Esta luta entre o bem e o mal, conhecida em filosofia como maniqueísmo, representa que sem o mal não há como se ter noção de bem e vice-versa. Para quem conhece um pouco da simbologia maçônica, sabe que isso faz parte dos ensinamentos deste ordem "discreta" - todo bem traz em si a semente do mal. Aliás, os triângulos e pirâmides também fazem parte da semiótica da maçonaria.
Com o nascimento do mal, representado por uma metralhadora que Gaga tem nas mãos (há quem afirme que se refere à polêmica inclusão dos homossexuais no exército americano), nasce o homem esqueleto, chamado de Zombie Boy, o tatuado e assustador modelo Rick Genest.
Aí começa realmente o clipe, com pessoas diferentes dançando da mesma forma, como uma legião de pessoas que aceita as diferenças do grupo - o que é perfeitamente conciliável com a ideia transmitida pela música, de que as pessoas nascem e precisam ser aceitas do jeito que são. Gaga também aparece com alguns "caroços" nos ombros, como se fossem ossos pontudos, e os ossos da face também parecem saltar (provavelmente querendo representar que tudo bem ser diferente).
Gaga não apenas pariu o mal, como aparece flertando e seduzindo-o. Nesta cena, há alusão ao relacionamento homossexual masculino, uma vez que os dois personagens que aparecem estão usando smokings - roupa caracteristicamente masculina.
Aliás, o clipe todo é permeado de cenas de conotação sexual. Algumas vezes, Gaga leva a mão na direção da genitália e, com os dedos fechados como se segurasse um pênis, parece simular masturbação masculina. Em outros trechos, vemos várias pessoas envolvidas numa relação que parece ter ser sexual. Mãos sendo passadas nas partes genitais aparecem em vários momentos, no que parece ser uma forma de seduzir o telespectador. A sexualidade aflorada sempre fez parte dos clipes de Lady Gaga e não poderia ficar de fora deste, cuja música traz fortemente a bandeira de defesa dos homossexuais.
No fim do clipe, aparece uma cena em que Gaga faz uma homenagem a Michael Jackson, lembrado pelo beco escuro de thriller, e outra a Madonna, com seus dentes separados. Curioso é que Lady Madonna Gaga aparece chorando, escorrendo uma lágrima de seu olho. Seria uma provocação de Lady Gaga, insinuando que Madonna está triste por estar perdendo seu posto de rainda do pop? Seria uma alusão ao fato de que muitas pessoas disseram que Gaga plagiou Madonna?
Algumas pessoas se questionam sobre o unicórnio que aparece no início e no fim do clipe. Segundo alguns estudiosos de semiótica, o unicórnio pode representar uma união entre o nosso mundo e o mundo esotérico. Outros dizem que o chifre do unicórnio, localizado bem no meio da testa, seria uma forma figurativa do "olho que tudo vê" que, segundo a maçonaria, é o olho do grande arquiteto do universo, do qual nenhum ser humano pode se esconder.
Fontes: LadyGaga.com, @Ve_zin, Jornal do Brasil, Habbid
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